Crónicas de um voluntariado em Beirut (VI)

          Apesar de ter vindo sozinha, por minha auto-iniciativa e responsabilidade, tudo o que aconteceu durante a minha semana em Beirut nunca teria sido possível sem a ajuda de muitos “anónimos” que foram fundamentais para que “isto” se tenha transformado em muito mais do que uma simples médica que veio ajudar.

          O João Sousa (@joaocbsousa , o nosso fotojornalista em Beirut, foi a pessoa que desde o primeiro momento mais apelou à minha vinda, fazendo-me ver para além do que era oficialmente vinculado pelo governo.

          O @hospitaldaluz.pt de Lisboa, pela mão do seu Director Executivo Pedro Patrício, ofereceu os quase 15Kgs de material que eu já referi, solicitados na mesma manhã da viagem.

          A Layal foi inesgotável na sua ajuda dentro da capital libanesa, desde oferecer-me um lugar onde ficar, passando por dicas relativas ao dinheiro até aos insights reais sobre a situação no país.

Muitos libaneses ainda em Portugal foram passando a palavra da minha vinda, e devo-o inicialmente à Marcelle, uma mulher de grande coração que juntamente com tantas outras pessoas me foram receber ao aeroporto quando cheguei a Lisboa. Já Martine emprestou-me um tlm com número libanês que me permitiu ter Wi-Fi sempre que estava fora de casa (e com uma despesa exorbitante associada).

          Mesmo à distância, o meu namorado foi o meu maior braço direito. Todos os problemas burocráticos, com transferências e com redes de telemóvel foram geridos por ele em tempo real, com uma capacidade logística impressionante e pondo-me (pondo-nos, a todos!) sempre em primeiro lugar para que todas as dificuldades pudessem ser ultrapassadas dentro do possível. Para além disso, apoiou a minha decisão desde o início.

          Por fim, vocês. Foram vocês que juntaram quase 8 mil euros em doações, graças aos vossos contributos financeiros e às vossas partilhas. Foram as vossas mensagens, apoio e confiança cega no que estava a fazer e nas decisões que tive de tomar a cada momento que me mantiveram firme. Foram centenas (milhares?) as mensagens que recebi, seja directa ou indirectamente. Agradeço em nome próprio mas sei quem agradece ainda mais – as pessoas de Beirut