Para o segundo dia em Samaipata guardo o Parque Nacional Amboro, numa excursão de cerca de 6 horas de caminhada que ficou em 175 bolivianos (mais 10 pela entrada no Parque) – 22 euros no total.
Este parque – um dos ex-líbris do país – apresenta a maior biodiversidade da América do Sul, distribuída por 3 ecossistemas distintos: as colinas baixas dos Andes, a zona norte de Chaco e parte da bacía Amazónica. Localizado a 1200 metros de altura e cerca de hora e meia de distância, sente-se já o calor e humidade que tornam as nossas roupas rapidamente incómodas e pegajosas. 60% das aves do país podem ser aqui encontradas.
Para o Parque Nacional Amboro existem duas excursões disponíveis: a Cloud Forest e o Refúgio Los Volcanes. Também há possibilidade de caminhadas de 2 a 3 dias, com camping. Como o parque é muito grande, qualquer visita tem de ser acompanhada por um guia local, pelo que o melhor mesmo é optar por uma ou duas das opções acima. Nestas caminhadas com pernoita aumenta a probabilidade de vislumbrar ursos, pumas e jaguares.
Durante a minha visita não vi estes animais de grande porte, mas vislumbrei mariposas azuis do tamanho de mãos abertas, diversas aves e insectos que desconhecia até então e, inclusive, uma cobra coral – uma das serpentes mais venenosas do mundo. Para além disso, o percurso leva-nos desde a lagoa inicial até um dos pontos mais elevados do parque, com uma vista que relembra o Parque Jurássico pela sua imensidão e densidade de floresta. Descendo pela selva em direcção ao desfiladeiro, passamos junto ao rio onde encontramos algumas vacas selvagens e, por fim, onde nos banhamos junto a uma pequena cascata.