Dicas práticas de viagem a Buenos Aires

Dicas práticas de viagem a Buenos Aires

Buenos Aires é uma cidade – enorme!! – e tão importante quanto a estadia é fazer com que ela possa decorrer da forma mais fluída possível logo desde o início.

Estas são pequenas dicas práticas que podem fazer toda a diferença e que aconselho a serem seguidas logo de início!

Aeroportos – há 2 aeroportos em Buenos Aires. O EZE (Ezeiza) fica a cerca de 1 hora de distância do “centro”, e mais vulnerável ao trânsito. É, contudo, o que recebe mais voos internacionais. O AEP (Aeroparque) é mais perto da zona de Palermo, um dos principais bairros da cidade.

Quando saí de Buenos Aires para Ushuaia comprei um voo novamente com partida por Ezeiza. A Tienda León foi a melhor opção que descobri para este percurso: têm viagens de autocarros diurnas e nocturnas, com cerca de 45 minutos de duração e internet grátis a bordo. O terminal localiza-se na zona do Retiro, praticamente junto ao Hotel Sheraton. O bilhete ficou em 260 pesos argentinos (=10,55 euros). Também fazem viagens para o Aeroporto Jorge Newbery; 120 pesos argentinos (20 minutos).

– Andar a pé – Buenos Aires é uma cidade plana em todas as direcções, formada por intermináveis avenidas a maior parte das vezes com sombras de plátanos que acalmam o calor. É seguro andar na maior parte da cidade, inclusive à noite (pessoalmente nunca senti qualquer problema, embora estivesse sempre acompanhada por mais uma pessoa). São desaconselhados a zona da Villa 21 (após o Retiro), Boca (fora das áreas turísticas) e algumas zonas da Calle Florida à noite.

Autocarros – a rede de autocarros é óptima, variada e sempre presente (dia e noite). Alguns autocarros foram renovados e até têm ligação gratuita à internet! O ideal é adquirir o cartão “Sube” (25 pesos) em qualquer quiosque de rua, e carregá-lo com cerca de 100 pesos. O destino deve ser taxado em função da zona e comunicado ao condutor. A maior parte das “primeiras” viagens ficam em cerca de 8.65 pesos, mas uma nova viagem no prazo de 2h fica a 50% e a terceira a 25% do valor. Estas condições também são válidas para as linhas de metro. Para saber quais apanhar, assim como as direcções, nada melhor que o google maps.

Também há autocarros turísticos (aqui em amarelo), que correm os principais pontos de Buenos Aires. Existem em 2 modalidades/ circuitos diferentes (com preços de acordo) e pode-se subir e descer quantas vezes se desejar. Como a cidade é muito grande, é uma boa alternativa para estadias curtas.

– Bairros – Escolher o Bairro para ficar pode ser uma das questões mais pertinentes aquando da visita a BA. Os principais bairros são, neste momento, Palermo e Recoleta: boa localização e ambiente, bem servidos de autocarros e metro e com muita oferta em lojas e restauração. Outro bairro interessante poderá ser San Telmo, sobretudo para quem tencionar os mercados (nomeadamente o de Domingo de manhã).

Bicicletas – Buenos Aires é uma cidade plana e dispõe de um serviço de bicicletas público. Para tal é necessário adquirir, nos dias de semana e apenas até às 15:30h, um cartão (Av. Uribou,n1022, importante levar identificação!). Este cartão só estará pronto em 72h, mas informaram-me que pode ser pedido com antecedência.

De segunda a sexta pode-se circular livremente durante 1 hora, após o qual tem de se “simular” uma entrega. Logo de seguida, pode-se retirar a bicicleta do posto de novo e voltar a passear. Este tempo de circulação aumenta para 2 horas ao fim de semana. Há vários postos de entrega espalhados pela cidade.

Dinheiro – há diversas caixas multibanco espalhadas pela cidade, contudo é cobrado por levantamento uma taxa de 200 pesos. O ideal é começar logo por levantar uma quantia “elevada”, 3 a 5 mil pesos, que caso não sejam utilizados podem ser novamente trocados por dólares ou euros no aeroporto. Na Argentina não há moedas (apenas notas), e alguns estabelecimentos aceitam dólares ou reais, mas convém ter sempre dinheiro na carteira. Não se aconselham os câmbios nos vendedores de rua (mercado paralelo). À data da escrita deste artigo, 1 euro equivalia a 25,2 pesos.

Electricidade – O padrão argentino é diferente do europeu ou americano, com dois pinos achatados e inclinados e um central. Por esse motivo, é necessário trazer ou comprar um adaptador.

– Free Walks – Os Free Walks são talvez das melhores opções para ficar a conhecer a cidade em pouco tempo. Tal como o nome indica são visitas gratuitas, organizadas por locais e sem necessário fazer qualquer reserva. Basta aparecer! Têm uma duração variável (alguns cerca de 3,5 horas) e levam-nos a percorrer os principais pontos da cidade, sempre com explicações sobre o contexto histórico, económico e cultural. São alguns exemplos destes tours o “Recoleta Tour”, o dos “Grafitis de Palermo” ou o do “Bairro de Boca”. As visitas são em inglês ou em espanhol e uma pequena gorjeta de reconhecimento no final é sempre bem vinda.

Mapa – os mapas gratuitos podem ser encontrados nos postos de turismo. Como a cidade é muito, muito grande, é importante definir prioridades na visita e tentar fazê-lo por áreas.

– Metro – A cidade dispõem de 6 linhas de metro que cobrem grande parte da cidade. As suas entradas estão identificadas como “Subte”, um trocadilho com subterrâneo, e o custo médio é de 7.5 pesos por viagem. Encerra às 23h.

Subte – rede de metro de Buenos Aires

– Taxis – de cor preta e amarela, em grande quantidade por todas as ruas da cidade e com preços muito acessíveis.

– Utilidades – Buenos Aires é uma cidade moderna, e o seu governo faz questão de disponibilizar, orgulhosamente, várias aplicações para telemóvel que facilitam a estadia de qualquer turista.

Descarreguem as aplicações “BA turismo” para ficarem a conhecer os principais locais de interesse, milongas e restaurantes, onde apanhar o Bus Turistico e como chegar e movimentar nos dois aeroportos da cidade. Dá ainda sugestões sobre itinerários em função dos dias de estadia e informações sobre o clima, idioma ou questões de segurança.

A app “BA Wifi” ajuda a identificar pontos gratuitos de ligação à internet e a “BA EcoBici” indica os pontos para retirar bicicletas, assim como o número de veículos disponível em tempo real.

Leram até aqui? Então saquem o “miBA”… tem tudo em só uma aplicação 😉

aplicações gratuitas para telemóvel

– Wi-fi – a cidade está coberta por um rede de wi-fi que é muito prática e bem vinda mas que nem sempre funciona. Pontos certos são as mais concorridas estações do autocarro e no metro. Para além disso, a maior parte dos cafés e restaurantes fazem questão de publicitar que têm “free wi-fi”. O Wi-Fi da Telecentro surge espontaneamente nas redes detectadas pelo telemóvel e oferece acesso de 15min em troca do email (tem que se estar sempre a colocar).

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