O Parque Nacional Tayrona (património mundial da UNESCO) localiza-se no extremo norte da Colômbia, abraçando o Mar das Caraíbas.
Foi criado em 1964 com o intuito de proteger a fauna e flora local, da qual se contam 27 espécies únicas desta região, para além de cerca de 56 espécies em vias de extinção. Tem 15 mil hectares de extensão.
O PN Tayrona fica a 34Kms de distância de Santa Marta, a primeira colónia espanhola da Colômbia e o ponto de referência para quem pretende aceder ao Parque.
Lê aqui as minhas impressões sobre o Parque Nacional Tayrona!
Como chegar a Tayrona?
Tayrona localiza-se entre as cidades de Santa Marta e as vilas de Minca e Los Naranjos. Estes são locais conhecidos para quem visita a região, sendo bons para pernoitar na véspera da entrada.
Santa Marta é bastante bem servida de autocarros (collectivos), que cobram somente 1800 pesos colombianos por trajecto (cerca de 50 cêntimos). Quem ficar no lado oposto, mais próximo de Los Naranjos, também pode apanhar um autocarro, e embora o acesso seja mais rápido estes são menos frequentes.
Como aceder ao Parque?
O PN Tayrona tem 3 entradas principais: Zaino, Palangana e Calabazo.
No meu caso, entrei pelo Zaino uma vez que tinha dormido na véspera em Los Naranjos. A pé ou a cavalo, por cada uma destas entradas pode-se chegar a:
– Zaino – acesso a Canaveral, Arrecifes e Cabo San Juan.
– Palangana – acesso a Neguanje, Playa Cristal ou Playa Del Muerto e Playa Gayraca.
– Calabazo – Acesso a Pueblito Chairama, Cabo San Juan, Piscina e Arrecifes
Quanto custa?
A entrada no PN Tayorona custa 58,5mil pesos (16,25 euros) por pessoa. O shuttle de acesso a alguns pontos fica por 3mil pesos. Atenção que à entrada o pagamento tem de ser feito com dinheiro e é obrigatório apresentar passaporte!! A vacina da Febre Amarela tem de estar feita até 10 dias antes da entrada.
Onde comer?
Junto às praias de Carnaveral e Arrecifes surgem alguns restaurantes que servem óptimos pratos (massas, arroz com legumes ou frango, peixe, ceviche…).
Estes pratos, apesar de mais caros do que no resto dos locais que visitei na Colômbia (em média acima de 20 mil pesos), são muito bem servidos e chegam perfeitamente para duas pessoas. A isto não se podem esquecer de juntar uma água de coco ou um sumo natural, espremido na hora, por 5 a 6 mil pesos.
Onde dormir?
Tayrona dispõe de 3 parques de campismo e 3 tipos de acomodações: hamacas (redes), tendas e quartos duplos ou partilhados. A reserva pode ser feita à entrada do parque ou antecipadamente no caso do camping Castilletes.
O Arrecifes tem quartos, tendas e redes. O Canaveral tem também tendas e EcoHubs, para além de Spa.
Dormir numa rede pode parecer estranho, mas por uma noite é uma experiência interessante e tolera-se o desconforto. E não, não será frio, embora convenha levar um agasalho.
O que ver?
Para além da luxuriante floresta tropical e possibilidade de avistamento de vários animais, há ainda um série de praias que se vão sucedendo.
Em algumas destas contudo não é permito nadar (tal está devidamente identificado). Algumas das praias em que tal se pode fazer são a de Piscinas e San Juan del Cabo. Na Playa Crystal, Neguanje e Bahia Concha há ainda snorkelling e mergulho.
A minha experiência
Não tendo a visita preparada de antemão, consegui somente 2 horas para ler algumas coisas e optar por um local para dormir.
Voei de Medellín para Santa Marta, tendo chegado a meio da manhã. De autocarro público, segui para Santa Marta onde almocei e dei umas voltas pelos principais pontos de interesse (que não são muitos). Daí novo autocarro para Taganga, uma pequena vila piscatória.
Daqui saem por exemplo barcos para a Playa Cristal, que pertence ao parque.
De Taganga fui novamente de autocarro até Los Naranjos, tendo ficado a dormir no espectacular Journey Hostel, uma experiência incrível que só posso recomendar. Camas em dormitório ou em quarto de casal, protegidas por um mosquiteiro, sem paredes: é acordar com o som dos pássaros e uma vista deslumbrante, em pleno contacto com a natureza. O hostel está em obras de expansão mas voltaria sem qualquer hesitação. Depois de apanhar o autocarro chegámos ao Parque em 10 minutos.
Para o dia no Parque, decidi pernoitar no Camping Castilletes, tendo feito uma reserva de quarto previamente através do Booking. A grande vantagem deste Camping é que há um shuttle desde a entrada até este ponto, pelo valor de 3000 pesos. Como ia carregada pelas mochilas, fui praticamente “deixada à porta” – de seguida só foi preciso preparar uma mochila mais pequena e começar a caminhada.
Atenção que na área dos trilhos só há 2 formas de deslocação: a pé ou a cavalo (40mil pesos). Considerando que de Castilletes até San Juan del Cabo são em média 2 horas, é importante antecipar o regresso antes do anoitecer, uma vez que não há qualquer luz natural.
Lê aqui as minhas impressões sobre o Parque Nacional Tayrona!
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