Leiam a minha sugestão de roteiro para 2 dias em Bogotá aqui!!
Chamar um táxi em plena capital Colombiana não parecia boa ideia, pelo que mandámos vir um Uber ainda no aeroporto. 6 euros para cerca de 45 minutos de viagem, deixando-nos ficar exactamente à porta do hostel (e, portanto, minimizando o risco de todos nos “toparem” enquanto viajantes acabados de chegar) era mesmo a solução mais cómoda, segura e económica.
Colocamo-nos no local combinado e somos efusivamente recebidos por Joaquin, abraços e beijinhos incluídos. “Ena, estes colombianos são mesmo queridos!” foi assim a primeira coisa que pensei. Colocamos as mochilas no porta bagagens, o meu velho amigo Hugo salta para o banco da frente e rapidamente percebemos que não se trata somente de uma calorosa recepção. O Uber é ilegal na Colômbia, e nessa mesma manhã a polícia alvejou no peito um dos seus funcionários que – não muito legalmente – foi buscar clientes ao aeroporto. “Ena, estamos mesmo na Colômbia e há mesmo armas e assim!”, voltei a pensar.
Após deixar as mochilas no Hostel e comer qualquer coisa (e qualquer coisa servia, porque vínhamos esfomeados e o jet lag não estava a ajudar), começamos então o nosso passeio pelo bairro de La Candelaria, o bairro histórico de Bogotá. A tarde já ia avançada e só nos restava uma opção: o Museu do Ouro, um dos melhores museus da Sud-América no que à cultura pré-hispânica diz respeito. O museu não decepcionou (4mil pesos, cerca de 1 euro, como podia?!….) e apresenta cerca de 134 mil peças de ouro e metais, desde as mais finas e trabalhadas até às mais imponentes e robustas. Fazemos uma imersão numa sala escura enquanto nos sentamos no chão focados numa zona central de vidro que continha algumas peças, quando somos arrebatados por uma instalação que – ao som de cânticos ancestrais – ilumina de forma sequencial centenas de peças de ouro cuidadosamente colocadas nas paredes. Eu que nem gosto de museus, aconselho!
No dia seguinte, após um “mega pequeno-almoço” que para nós era uma mistura de “jantar da véspera que não existiu + ceia + pequeno-almoço estilo brunch + come o que podes que assim poupas ao almoço”, juntamo-nos ao grupo do Free Walking Tour, caminhando pelas ruas do bairro enquanto provamos frutas exóticas, chucha (uma bebida à base de milho fermentado) e café colombiano. O dia estava intenso – não fosse, por coincidência, 1 de Maio – e pelas ruas ouviam-se gritos e palavras de ordem enquanto as pessoas caminhavam apressadas e ostentando estandartes até à Praça Bolivar. Como em qualquer lugar do mundo, todos pedem e procuram o mesmo: oportunidades laborais, igualdade, segurança. E um grande NÃO à corrupção.
Da parte da tarde rumamos ao cume de Monserrate, onde do seu tipo podemos ver toda a imensa Bogotá – a cidade caótica de quase 7 milhões de habitantes (ainda com uma consideravelmente pequena área financeira e com alguns arranha-céus), e que se estende até onde a vista alcança. Esta zona é marcada por um santuário que cumpre a sua função mas também não deslumbra.
Com os restantes espaços fechados devido ao feriado, resta-nos organizar o dia seguinte e aproveitar para descansar – não sem antes de termos a infeliz ideia de testar a mesma vista que tivemos de Monserrate mas de noite – e para isso vamos à procura de um rooftop, como tantos que há por Lisboa. Um novo Uber, minúsculo, partilhado com mais dois jovens colombianos, e que nos deixa na porta lateral do hotel escolhido. Rapidamente se aproximam dois sem-abrigo, ao mesmo tempo que batemos nas portas de vidro do hotel e o segurança, tranquilamente, nos encaminha noutra direcção (sem abrir a porta claro). Já meio “aziados” da situação, esta só tem a melhorar quando percebemos que não estamos no hotel certo – esse seria parte do mesmo complexo, mas implicaria atravessar um centro comercial (aquela hora já deserto) – até lá chegar. Novo suspiro, seguimos pelo centro comercial até encontrarmos o tal ponto que nos prometeria uma boa vista para a cidade – vá, tinha de valer a pena!!. Mas isto se nos tivessem deixado entrar. Nova voltinha, nova viagem – toca de chamar mais um transporte. De regresso, atravessamos ruas e ruelas onde podemos ver dezenas de sem-abrigo e delinquentes. Não é uma visão agradável.
Para a manhã do último dia em Bogotá fica então a visita ao Museu Botero, inserido num complexo cultural que alberga também o Museu de Arte e o Museu da Casa da Moeda. Fernando Botero, nascido em Medellín em 1932, é muito conhecido pelos seus desenhos de figuras “mais gorditas”, tendo doado toda a sua obra e coleção particular (com pinturas de Monet, Renoir ou Picasso) ao povo colombiano. Despedimo-nos da cidade de olhos cheios e satisfação q.b. Bogotá será para mim guardado um local de passagem, e não um destino final.
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