Por entre as encostas vulcânicas surge o Lago Atitlán, um lago de águas límpidas que nasceu em plena cratera vulcânica. As pequenas comunidades de ascendência maia desenvolveram-se nas suas margens, constituindo entre outros os povoados de San Marcos, San Pedro e Santiago.
Tem um turismo muito próprio e um comércio local voltado para a natureza, a harmonia com a Terra e a vertente espiritual. Por isso, é comum a oferta de locais de retiro, massagem, yoga, medicinas holísticas e workshops de desenvolvimento pessoal.
Apanhando o barco podemos ir até San Juan, onde uma cooperativa de 60 mulheres se dedica à manufactura de tecidos à base de algodão, tingidos com pigmentos naturais.
Nas margens do Lago Atitlan deito-me na cama de rede suspensa, depois de os pés molhados largarem a relva. Sente-se o sol a queimar a pele, entrecortado pela aragem que traz o som das ondas a bater nas rochas e das crianças a saltar para a água.
É o fim de dois dias passados neste recanto do mundo a 1560m de altitude, com o vulcão San Pedro (3020m), Tolimán (3158m) e Atitlán (3537m) como pano de fundo.